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Amazônia, Pará, Brazil
Gestor Ambiental, Técnico em Pesca e Aquicultura, com experiência em pesca artesanal continental, estuarina e litorânea. Trabalhou no Departamento de Ictiologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (convênio, FINEP/IBAMA/MPEG/CNPq); no Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea, Sub Projeto Estatística Pesqueira, do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil do Ministério do Meio Ambiente (conv. MMA/FADESP/UFPA); no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM / WWF) e foi colaborador na Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho (FUNDACENTRO-Pará / Mistério do Trabalho e Emprego.). Atualmente é Extensionista Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – EMATER.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

No Pará, doenças afetam a produtividade dos pescadores






Data da notícia: 06/12/2004 - 00:00:00 (Jornal O Liberal)

Os mais de 70 mil pescadores artesanais que exercem suas atividades em águas paraenses, em quase três mil embarcações, responsáveis pela maioria do pescado capturado, são os que sofrem os maiores riscos nos ambientes de trabalho.
Eles são acometidos de graves sequelas de caráter osteo-articular (reumatismo, artrites, etc), intoxicações por gases ou fumo, lesões dermatológicas (câncer, dentre outras), decorrentes de intensas exposições ao sol, chuva e vento. Quem afirma isso é o pesquisador Nadson Silva Oliveira, do Museu Paraense Emílio Goeldi, que acaba de concluir uma pesquisa desenvolvida na costa atlântica paraense e no município de Tucuruí/PA.
“Nós constatamos um grande número de doenças e acidentes de trabalho que afligem os pescadores tais como dores na coluna, doença de pele, problema de visão. A atividade intensiva do pescador artesanal provoca elevado desgaste físico, comprometendo sobremaneira a saúde dos trabalhadores”, afirmou Nadson Oliveira.
O Pará tem um privilegiado litoral e um enorme potencial hídrico, cujas características favorecem o desenvolvimento da exploração das atividades pesqueiras. Mas, apesar disso, pouco se fez para o desenvolvimento de forma efetiva e plena desse potencial, principalmente no que diz respeito à segurança, à saúde e à remuneração dos pescadores artesanais.
Segundo dados da Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), vinculada ao Ministério do Trabalho e Emprego, 46% dos pescadores da costa atlântica do Pará recebem menos de R$ 180 por mês. “Apesar das precárias condições de trabalho, o pescador artesanal vive com menos de um salário mínimo. O que se pode concluir que é grave a situação de pobreza vivenciada por esses homens”, garante o pesquisador do Museu Goeldi, que também é técnico do Provárzea.
A força de trabalho empregada na pesca artesanal caracteriza-se por seu baixíssimo grau de instrução formal. Dos pescadores entrevistados, 15% se declararam analfabetos e 80% dizem possuir somente o ensino fundamental incompleto. A baixa escolaridade deve-se a fatores ligados diretamente à realidade das famílias de pescadores, como a falta de recursos financeiros para custear estudos, mesmo em escola pública, e a entrada precoce dos entrevistados no mercado de trabalho, para ajudar na renda familiar.
A pesquisa feita por Nadson Oliveira para saber das condições de trabalho que envolvem as atividades de pesca e também as de mergulho profissional representa um dos primeiros passos, na região Norte, das ações do projeto “Acqua-Fórum”, da Fundacentro. “A meta primordial desse projeto, nessa etapa de pesquisa quantitativa, é mostrar um perfil do trabalhador da pesca na costa atlântica e no entorno do lago de Tucuruí. Com isso, visamos obter subsídios para o desenvolvimento de ações que contemplem a preservação da integridade física e mental dos trabalhadores envolvidos nessa atividade”, completa Nadson de Oliveira.(Edivaldo Mendes).


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