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Amazônia, Pará, Brazil
Gestor Ambiental, Técnico em Pesca e Aquicultura, com experiência em pesca artesanal continental, estuarina e litorânea. Trabalhou no Departamento de Ictiologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (convênio, FINEP/IBAMA/MPEG/CNPq); no Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea, Sub Projeto Estatística Pesqueira, do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil do Ministério do Meio Ambiente (conv. MMA/FADESP/UFPA); no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM / WWF) e foi colaborador na Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho (FUNDACENTRO-Pará / Mistério do Trabalho e Emprego.). Atualmente é Extensionista Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – EMATER.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

ACARI


 
Acari / Cari / Cascudo

Família Loricariidae / vários gêneros

Os Loricarídeos, Acari Bodó, Acari Pirarara, Acari Boi, Acari Amarelo, Acari Chicote e Acari cachimbo, são bastante abundantes nos rios da Amazônia. Talvez comercialmente não represente grande importância para os pescadores artesanais comerciais. Entretanto é de grande valia para subsistência das famílias ribeirinhas das Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins.

Nos rio Araguaia e Xingu, este peixe além de ser uma importante fonte de proteína animal para as famílias de baixa renda, também é um grande gerador de empregos e renda para os pescadores artesanais de peixes ornamentais, principalmente nos municípios de Altamira, São João do Araguaia e São Geraldo do Araguaia. Portanto é comum os festivais de Acari no calendário cultural desses municípios.

Texto: Nadson Oliveira (parte de texto/direitos reservados)
Imagem: Nadson Oliveira

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

APAIARI OU CARA-AÇU


 Apaiari ou Cara-açu

 
Astronotus ocelatus

Por Nadson Oliveira

Tem grande importância econômica para os pescadores dos rios e lagos da Ilha do Marajó. A maior produção ocorre no inicio do segundo semestre, época de seca dos campos alagados dessa região. Os municípios de Soure, Santa cruz do Arari, Ponta de Pedras e Cachoeira do Arari, por estarem nas proximidades do rio e Lago Arari, estão mais povoados deles de que qualquer outra região da Amazônia. Os Apaiaris são encontrados em quases todos os lagos da Amazônia, pois, é mais frequente no Estado do Pará e Amazonas. Vivem entre as plantas aquáticas, em busca de pequenos insetos. Por este motivo, é classificado pelo caboclo Marajoara como, peixe do mato. 

Um excelente peixe, pois, além de ser saboroso pode ser usado como ornamental. Outra qualidade que cabe a esta espécie seria, sua rusticidade e crescimento precoce, que torna viável seu cultivo em cativeiros. Infelizmente, os estoques  vêm diminuindo drasticamente nos últimos anos na ilha do Marajó.

Texto: Nadson Oliveira (direitos reservados)

PIRARUCU


PIRARUCU
Arapaima gigas

 
É um peixe ictiófago (piscívoro) que nada lentamente, de fácil captura, pois, precisa subir até a superfície para respirar. A pesca do Pirarucu é realizada nos lagos do rio Amazonas, Solimões e seus afluentes. No Pará encontra-se nas vastas áreas alagáveis e lagos da região de Santarém, arquipélago da ilha do Marajó e baixo Tocantins. Pode ser encontrado em  países vizinhos como, Peru e Colômbia.

Assim como bacalhau representa o rei dos peixes salgados nos países do atlântico norte, pois, o nosso pirarucu é o legitimo representante dos peixes conservados do norte do Brasil. Tem o sabor marcante e pouca espinha, geralmente é consumido acompanhado de açaí. Pelo grande declínio da produção proveniente da pesca extrativa, fez-se necessário o cultivo dessa espécie em cativeiro. Ultimamente vem sendo bastante utilizado na piscicultura, inclusive no estado de São Paulo, que vem obtendo resultados satisfatórios.

O Pirarucu, por estar ameaçado de extinção, sua captura deveria está sendo controlada para evitar a comercialização clandestina, principalmente nos lagos da bacia do Tocantins. Entretanto a diminuição dos estoques dessa espécie, também está ligados a outros fatores como: sua complexa reprodução, que depende da formação de casais, ninhos escavados no fundo do lago e  proteção dos filhotes até os primeiros três meses de vida.
Na captura desse peixe, geralmente o pescador arpoa o macho, sabendo que a fêmea não abandonará animal morto, espera ansioso para novamente, sem erro, arpoar a fêmea, deixando os filhotes à mercê das presas de outros peixes carnívoros. Apesar de todos os males que afligem esta espécie, ela ainda é uma importante fonte de renda para muitos pescadores artesanais do Estado do Amazonas e Pará, principalmente na região de Tefé (Baixo Solimões),onde o manejo correto vendo sendo feito a vários anos.



Texto: Nadson Oliveira (parte de texto/direitos reservados)
Imagem: Jimmi Christian