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Amazônia, Pará, Brazil
Gestor Ambiental, Técnico em Pesca e Aquicultura, com experiência em pesca artesanal continental, estuarina e litorânea. Trabalhou no Departamento de Ictiologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (convênio, FINEP/IBAMA/MPEG/CNPq); no Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea, Sub Projeto Estatística Pesqueira, do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil do Ministério do Meio Ambiente (conv. MMA/FADESP/UFPA); no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM / WWF) e foi colaborador na Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho (FUNDACENTRO-Pará / Mistério do Trabalho e Emprego.). Atualmente é Extensionista Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – EMATER.

sábado, 9 de julho de 2011

ESPÉCIES EXÓTICAS, A PRAGA DO BIOMA AMAZÔNICO.



É apontada como uma das principais causas de perda de biodiversidade do planeta, e responsável por um grande impacto econômico.
Não há clima mais propício, alimentação mais abundante, território mais extenso e fiscalização mais vulnerável, para instalação dessas espécies, de que na Amazônia Brasileira. Em algumas regiões o cultivo de espécies exóticas é comum em ambientes proibidos.

Exemplos claros desses crimes ambientais aconteceu no nordeste do Estado do Pará, nos municípios de Tracuateua e Bragança; criação de camarão da espécie Macrobachium rosenbergii (gigante da Malásia) foram cultivados  em ambientes improprios e acabaram escapando para os rios da região.

Em todos os municipios do nordeste paraense, existe cultivo de tilápia, inclusive em tanques-rede, apesar de ser proibido por lei, há anos vem sendo cultivado em escala comercial, e na maioria das vezes acompanhado por um "profissional" da área da pesca, infelizmente.

As espécies estrangeiras, ao se instalarem em novos ambientes, competem por espaço e alimento. Mais a maior preocupação é com a predação de espécies nativas e a contaminação com doenças e parasitas.

Os cultivadores desses animais, talvez já tenham esquecido do Caramujo Gigante Africano (Achatina fulica), que veio para substituir o escargot e acabou virando uma grande praga no Estado do Amazonas e Pará; da Abelha Africana (Apis mellifera) que ao cruzar-se com outras espécies, tornou-se mais agressiva, complicando a vida de muitos amapaenses; da criação extensiva de búfalos na ilha do Marajó, que pisoteiam milhões de alevinos nos campos alagados. Ambos causaram e ainda causam grandes danos aos ecossistemas amazônicos. Exemplo claro desse perigo, é o que está acontecendo nas comunidades de Santa Tereza, Chapada e Campo de Cima, todas no município de Tracuateua, nordeste paraense, onde o gigante da Malásia, invadiu campos alagados. Coincidência ou não, nos últimos anos houve uma diminuição drástica nessa região, dos estoques de espécies como o jacundá, o jeju, cachorro de padre e tamoatá. No município de Bragança no Pará, esta espécie de camarão, também invadiu o rio Caeté. E ja chegou até na região dos lençois maranhense.

A bacia amazônica, com mais de 3 mil espécies de peixes, ainda precisa de espécies exóticas para produzir alimento?

Alô IBAMA.....Alô ICMBio, onde estão vocês???

Texto: Nadson Oliveira (direitos reservados)
Foto: Neidson Moreira

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