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Amazônia, Pará, Brazil
Gestor Ambiental, Técnico em Pesca e Aquicultura, com experiência em pesca artesanal continental, estuarina e litorânea. Trabalhou no Departamento de Ictiologia do Museu Paraense Emílio Goeldi (convênio, FINEP/IBAMA/MPEG/CNPq); no Projeto de Manejo dos Recursos Naturais da Várzea, Sub Projeto Estatística Pesqueira, do Programa Piloto para a Proteção das Florestas Tropicais do Brasil do Ministério do Meio Ambiente (conv. MMA/FADESP/UFPA); no Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM / WWF) e foi colaborador na Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Medicina e Segurança do Trabalho (FUNDACENTRO-Pará / Mistério do Trabalho e Emprego.). Atualmente é Extensionista Rural da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará – EMATER.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Incerteza de dias melhores, circundam a mente dos pescadores da RESEX Caeté-Taperaçu.













Historicamente a pesca de subsistência nas comunidades localizada na região dos campos de baixos do muncípio de Bragança no estado do Pará (São Bento e Bom Jardim) que está incluida na área da RESEX Marinha Caeté-Taperaçu, tem sido de fundamental importância para a sobrevivência de muitas familias de agricultores familiares dessa região, que tem no peixe sua principal fonte de proteina animal, adquerida de forma natural. Sendo assim, as questões relacionadas aos recursos pesqueiros existentes nos lagos dessas comunidades assumem fundamental importância para o homem extrativista bragantino.

O produtor de economia familiar tem total dependência dos recursos naturais existentes na RESEX, acontece que o livre acesso por toda população tem colocado em risco a manutenção dessas famílias. Atualmente, o que ainda assegura essa população são as aposentadorias, os recursos oriundos da bolsa familia, o fomento do INCRA e a venda do excedente da produção agricola
Segundo informações de produtores famliares da região, o que mais se fala nas reuniões é sobre o fomento e o credito habitação das familias que estão em RB (relação dos beneficiários do INCRA). Não se fala  de ações relacionadas aos problemas ambientais ocorrentes nas comunidades que ficam no entorno dos campos alagados.

                   " Moro aqui dsesde criança e antigamente a gente pescava muito peixe aqui perto desta ponte, hoje depois que fizeram esses aterros e colocaram esses montes de búfalos aqui no lago, a gente não consegue pegar mais nada. As vezes uns 2 ou 3 jandia e jacundá. E quando a gente fala alguma coisa, ainda é ameaçado"
                                  Palavra do Sr. Francisco (Morador do Bom Jardim)
                  " Agora a gente tem energia, casa e geladeira e parece que vem aí mais um credito do INCRA, so que a gente não tem dinheiro pra comprar gado e bufalo pra criar aqui no campo. Peixe não tem mais pra gente pescar, so farinha não dá, né?r"
                               Palavra de desabafo de um jovem morador da Comunidade de São Bento

Ironicamente, as atividades extrativistas que tem grande expressão econômica e social para esta população, não está sendo feita de forma sustentada. faltando assim a gestão de fato da RESEX Caeté-Taperaçu.
A Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu é uma unidade de conservação federal categorizada como reserva extrativista marinha (RESEX) e criada por Decreto Presidencial em 20 de maio de 2005  numa área de 42.068 hectares  no nordeste do estado do Pará.

Não devemos esquecer que a  Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu é de grande importância para a sustentabilidade dos ecossistemas existentes e da população, mostrando a importância de repensar e se reconstruir as formas tradicionais de apropriação de espaços e recursos naturais renováveis na Gestão Ambiental, na proteção da biodiversidade e da diversidade sócio-cultural. Entretanto, também não devesmo esquecer que a gestão desta UC so é possivel com a participação de todos, principalmente do órgão gestor que é o ICMBio / MMA.
Fica aqui o apelo!
Texto: Nadson Oliveira
Fotos: Prof. Ricarte

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