Macrodon acylodon
Este peixe agita a economia das vilas de pescadores dos municípios localizados na costa atlântica do Pará, no período de março a junho. E também, é a mais importante das faunas acompanhante das pescarias de arrasto do camarão, infelizmente. Tem uma excelente aceitação no mercado de Belém, inclusive sua oferta, independente de demanda, reduz os preços de outros pescados. O prato a base de filé de Gó é excelente. Mesmo sem estatísticas para constatar os fatos, é certo afirmar que venha havendo uma grande queda nos estoques da espécie, principalmente na região do município de Bragança. Nos anos de 2004,2005 e 2006, observei a primeira grande queda na safra, comparando com os desembarques dos anos anteriores no ver-o-peso e outros portos/trapiches da região. Essa situação é preocupante, pois, muitos pescadores artesanais aproveitam a safra deste peixe, para reformar e comprar novos apetrechos, barcos e materiais para confecção de currais (armadilhas), inclusive para trabalhar com outros peixes no 2º semestre do ano. Sem contar que na verdade quem lucra realmente com essa atividade, são os atravessadores que atuam diretamente nas pequenas vilas da região do salgado como, Treme, Caratateua, Bonifacio, Vila de Ajuruteua, Boa Vista, Porto da Alemanha, algodoal e demais comunidades pesqueiras.
Texto: Nadson Silva Oliveira (parte de texto/todos os direitos reservados)
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