A grande quantidade de ração dada ao peixe e camarão é gerador de grande acúmulo de matéria orgânica no fundo dos viveiros ou tanques. O alimento não consumido e as fezes contribuem diretamente para poluição dos viveiros, consecutivamente para o corpo de água, através das descargas de efluentes sem tratamento adequado. Também causa eutrofização de rios e lagos, através do acúmulo de nutrientes como Nitrogênio e Fósforo, encontrados em abundância nas fezes dos animais. A água enriquecida faz com que se proliferem bactérias, plâncton e algas, muita delas tóxicas que, ao morrerem causam gosto e odores desagradáveis, além de consumirem oxigênio dissolvido e matarem muitos peixes. Também responsável pela perda de biodiversidade.
A intensificação da aquicultura na Amazônia, através de incentivos do poder publico para a produção de proteína animal e geração de renda nas propriedades rurais sem a preocupação com os efluentes, poderá poluir muitos rios, lagos e córregos da Amazônia, por meio de uma série de drogas terapêuticas e substâncias químicas. Quando essa atividade é desenvolvida nas áreas de mangues (ecossistema de extrema importância para vida marinha), a cada metro de área destruída o mar deixará de produzir centenas de peixes, crustáceos e moluscos.
Os criadores (produtores) devem se preocupar em aplicar métodos de avaliação e recuperação para a água utilizada nos tanques e viveiros e respeitar as normas atuais sobre a obtenção, uso e reuso. Principalmente nas criações intensivas e semi-intensivas. Cobre do órgão responsável pelo projeto.
“Quando um profissional visitar sua propriedade para implantar um projeto aquícola, nunca esqueça que a matéria prima da vida é a água”.
Texto: Nadson Oliveira (todos os direitos reservados)
Imagem (organograma): UFRRJ
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