Pesca Artesanal
Diversos
tipos de embarcações são usadas pelos pescadores artesanais de pequena, média e
grande escala, nos rios, estuários e litoral Amazônico. São barcos de madeiras
motorizados com capacidade de carga (urnas ou caixas) que variam de 1t a 80t,
exceto de subsistência e os que praticam essa atividade em pequenos rios, lagos
e entre as linhas de maré alta e baixa (praias, costões e canais), que empregam
canoas a remo e montarias a vela, sem local para armazenamento da produção.
Se de fato fôssemos enumerar
as embarcações usadas nas pescarias de todos os ecossistemas da Amazônia,
teríamos de incluir as canoas; os cascos; as catraias; e as montarias, que
acredito serem as mais numerosas e importantes para o pescador artesanal.
As embarcações das pescarias do
estuário, consideradas de pequeno porte, possuem capacidade de 1 a 4 toneladas,
possuem urnas ou caixa móvel, motor de centro de 18 a 34 HP. Grande parte
desses barcos foram financiados pelo Banco da Amazônia (FNO). É comumente
encontrarmos pescando nos litorais dos municípios da região do salgado como,
Viseu, Augusto Corrêa, Bragança, Boa Vista, Pirabas e Curuçá. No Rio Pará e
Baía do Marajó, rotineiramente, também são encontrados nos municípios de
Barcarena, Vigia, Soure, Salvaterra e nos distritos de Mosqueiro e Icoaraci
(Belém). Devido sua pouca autonomia de navegação, trabalham na captura de
espécies que tem seus habitats no Estuário e Litoral.
As
grandes geleiras da pesca artesanal do rio Amazonas e Solimões encontram-se no estado
do Amazonas e no município de Santarém no Pará. Possuem capacidade de armazenamento,
que variam entre 10 a 80 toneladas. Também conhecidas como barco mãe, por serem geralmente
acompanhadas de pequenas canoas a remo e motor de popa, que auxiliam as
capturas nas águas do Rio Amazonas e seus tributários (afluentes).
Os
barcos de grande porte (15 à 50 t), fazem suas capturas no litoral do Estado do
Amapá, entre a foz do rio amazonas e a foz do rio Oiapoque no extremo norte do
Brasil. Usando grande extensão de redes malhadeiras de fio de nylon (36 a 48) e
espinhel, geralmente acompanhados por botes (pequenos barcos), chamado pelos
pescadores que atuam nas pescarias do Norte (Litoral do Amapá) de “piolho”..
Texto:
Nadson Silva Oliveira (Resumo do texto original/direitos reservados)
Imagens:
Nadson Silva Oliveira
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